De volta ao Brasil após três semanas de imersão empresarial na China, o Diretor do Grupo Medical San, Fernando Röhsig, trouxe na bagagem muito mais do que dados e contatos. Ele trouxe insights transformadores sobre inovação, competitividade e parcerias globais que prometem beneficiar diretamente o Grupo e o mercado da saúde estética.
“Foi uma experiência intensa e enriquecedora. A China é uma nação que opera em duas frentes – uma voltada para dentro, com foco em atender sua enorme população, e outra projetada para o mundo, competindo com excelência em mercados globais. A compreensão dessas dinâmicas abre novas possibilidades para empresas como a Medical San, que busca constantemente inovar e expandir suas operações”, explica Röhsig.
Durante a viagem, que ocorreu entre 20 de outubro e 10 de novembro, Fernando participou da Canton Fair, a maior feira multissetorial do mundo, onde identificou inovações tecnológicas e oportunidades de diversificação de fornecedores. “A Canton Fair é um mundo à parte. A escala é impressionante, e os contatos estabelecidos lá já estão se transformando em novas ideias para projetos futuros na Medical San”, destaca.
Além disso, Röhsig visitou grandes empresas e instituições como Huawei R&D, BYD, Alibaba e Tencent. “O que mais me chamou atenção foi o nível de investimento em pesquisa e desenvolvimento. A Huawei, por exemplo, dedica 10% de sua receita a R&D, algo que reflete diretamente na qualidade e na competitividade de seus produtos. Isso é uma lição para nós, que também temos a inovação como um dos nossos pilares”, acrescenta.
As visitas a Shenzhen, considerada o “Vale do Silício da China”, e ao Shenzhen Open Innovation Lab foram especialmente marcantes. “O ambiente de colaboração e a mentalidade de disrupção são inspiradores. Essa experiência reforça a necessidade de pensarmos globalmente, mas com soluções locais para os nossos clientes”, afirma.
A jornada técnica promovida pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) também proporcionou encontros estratégicos com entidades como a Embaixada do Brasil em Pequim, o Banco do Brasil e o AIIB (Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura). Segundo Röhsig, essas reuniões foram fundamentais para ampliar o entendimento sobre as relações entre Brasil e China e explorar novos caminhos de cooperação econômica.
Ao visitar o Cyberport, em Hong Kong, último destino antes de retornar ao Brasil, Fernando destacou o potencial de startups e empresas digitais. “O Cyberport é um celeiro de ideias, inteligência artificial e robótica. Essa combinação nos inspira a buscar novas parcerias em healthtechs e ferramentas digitais para aprimorar nossos serviços e equipamentos”, pontua. O Cyberport é o principal hub de tecnologia de Hong Kong, com mais de 2.000 membros, incluindo startups locais e internacionais, promovendo inovação e transformação digital em diversos setores.
Sobre as lições aprendidas, Fernando enfatiza a importância de observar a dualidade da China. “A coexistência de uma China voltada para dentro e outra para fora é fascinante. Aprender com sua capacidade de gerar escala e competitividade é uma vantagem estratégica que precisamos aproveitar. A viagem foi, sem dúvida, um divisor de águas para nossa visão de futuro”, conclui.